sexta-feira, 27 de junho de 2014

A liberdade que me interessa





Quero liberdade. Mas não a liberdade que escraviza a humanidade; a tal obrigação de mostrar para si mesmo, e para outros, que se é livre, por própria conta e risco. Tampouco quero a liberdade congelada em uma imagem, ou a libertinagem de um movimento.
Quero a liberdade de me fixar, e não precisar voar o tempo todo. Quero a liberdade de viver de sonhos, e não de ambições. Quero chegar, e não partir. Quero aportar, e não recolher âncoras.
Não quero a liberdade motivada por excessos. Quero o simples, o básico, o necessário. Só o que couber dentro do coração. Dispenso correr demais, conhecer muito, conquistar um mundo.
Estar livre, para mim, é estar perto. É ter um porto. Ser livre não é ser forte: É ter um forte. Não quero alcançar os limites do horizonte, mas satisfazer-me em tocar somente o dia de hoje.
 Que o diálogo não me venha mais com meias palavras, nem o discurso com meias verdades. Quero-as todas inteiras. Essa é a liberdade que me interessa.

3 comentários:

  1. Muito bom, Priscila. Tomamos a liberdade como a indulgência no excesso e na ambição, mas a real liberdade é aquela que nos permite dizer não — até para nós mesmos. Já estou seguindo o blog.

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  2. Obrigada, Rodrigo. Fico feliz e lisonjeada com seu apreço. Caberia aqui um trocadilho? Sinta-se livre para chegar e contribuir com o blog. Suas participações são muito bem-vindas. Abraço.

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  3. Obrigado, aparecerei sempre! Abraço.

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